Figurinista Natália Duran: Escrito nas Estrelas

A mil com os trabalhos junto à novela Escrito nas Estrelas, próxima trama das 18 horas da Globo, a figurinista Natália Duran achou um tempinho para atender a gente e responder umas perguntinhas via e-mail. A profissional, que em dezembro esteve em Novo Hamburgo buscando peças para compor o traje dos personagens da nova novela, elogiou as marcas do sul do Brasil, falou de famosos personagens que já vestiu e deu um gostinho do que será o figurino da trama que substituirá Cama de Gato.

J&J – Natália, você veio a Novo Hamburgo no início deste ano buscar algumas peças para integrar o figurino de “Escrito nas Estrelas”. O que achou das marcas do sul do Brasil? Pensa em voltar para buscar figurino de futuras novelas?

Natália – Fiquei surpresa com a qualidade e a variedade de criações. Para fazer uma figurino atual é exatamente isso que buscamos, variedade. Foi muito bom porque concentrou tudo em um só lugar e pudemos ter oportunidade de conhecer várias marcas, aumentando assim nossas opções na hora de montar um guarda-roupa.

J&J – Como foi o processo para criação de personagens como a Bebel, a famosa prostituta interpretada por Camila Pitanga em Paraíso Tropical, e Rakelli de Beleza Pura, tão bem aceitos pelo público? Você esperava este retorno?

Natália – Foi um presente receber estas personagens, para construir os figurinos de Bebel e Rakelli, fizemos um exercício de total desprendimento de preconceito em relação às duas personagens (prostituta e manicure), tiramos proveito de tudo o que o texto nos proporcionava; tentamos sempre fazer uma pesquisa partindo do figurino real, para depois criarmos em cima do existente. Em novelas contemporâneas na maioria das vezes trabalhamos com a realidade, é muito importante que o figurino passe isso.

J&J – Como foi o processo de criação para o figurino de Escrito nas Estrelas? Natália – Foi um pouco diferente de tudo que fizemos, pois tivemos pouco tempo de pré-produção. Nesta novela temos dois cenários importantes, temos um céu e a Terra. Esses dois cenários já nos dão elementos completamente diferentes que teremos para compor nossos figurinos. Para o céu, partimos de modelagens simples e confortáveis, sem muita aparência de costuras, pois não queríamos que tivesse a leitura do feito (a coisa feita, a roupa costurada, sem linhas…) como os dois cenários se interagem, preferimos continuar também com os figurinos mais suaves, nada que pulasse, que aparecesse primeiro, pois já temos uma história muito emocionante; nesta novela primeiro vem o texto/direção, depois a interpretação e por último o figurino, este vem sendo nosso processo de criação. Pois desde Sinhá Moça viemos trabalhando com o mesmo diretor de Núcleo, Rogério Gomes, e com ele já temos um entrosamento estético.

J&J – Algum personagem deve se destacar por conta do figurino nesta novela?

Natália – Sim, temos várias apostas. A Beatriz que faz uma patricinha fashionista, a Mariana que faz uma estudante bem carioca, Sofia que é uma mulheres sofisticada, ao estilo Carla Bruni, enfim, vamos esperar a resposta do público assim que estreiar…

Por Gabriela Loeblein,

Douglas Obreherr e

Priscila Pagnussat